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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Pais e catequistas: uma relação difícil?

Uma questão que me coloco muitas vezes é qual deve ser a relação entre pais e catequistas.

A comunhão entre todos com Jesus
Catequese na comunhão com Jesus.


Os catequistas precisam dos pais, primeiros educadores na fé, e os pais precisam dos catequistas para ajudar a educar os seus filhos. Pena é que muitos pais e educadores ainda são fechados à catequese que tiveram no seu tempo: a doutrina. Era a catequese da memorização e do inferno, ao contrário que hoje a catequese é do amor, da oração e da missão que dá liberdade ao ser humano a agir em harmonia com Deus em vez de estar preso ao medo. Ainda se pensa que são os catequistas que devem ser os educadores, mas mesmo antes do nascimento dos filhos há uma relação dos pais e da família com a criança, logo os catequistas são chamados (estão em missão) a ajudar e a descobrir a fé, estão para ajudar os pais com os padrinhos na educação na fé. A missão de os acompanhar e motiva-las é dos pais e padrinhos. Mas o que falha?

A catequese tem de ser um espaço aberto à comunidade. A catequese deve ser vista como um lugar de acolhimento para os pais e educadores e os seus filhos, um lugar para fugir à rotina do dia a dia, para ouvir os catequistas que são portadores da Palavra. 
Para isso os catequistas devem: 
  • estar motivados;
  • mostrar confiança;
  • dar-se sem medo;
  • mostrar afeto;
  • também serem exigentes;
  • e mostrar respeito.
Para os pais devem:
  • confiar;
  • deixar o medo;
  • estarem motivados;
  • querer saber mais;
  • comprometer-se na missão da Igreja;
  • participar nas atividades propostas pela catequese;
  • e dar o exemplo.
Agora sente-se mais a necessidade que a catequese também deva ser para os pais. É preciso tirar as aranhas que estão nas cabeças. É preciso mostrar a nova catequese! A catequese que fala através da Palavra que é de hoje, para amanhã e para o futuro. É preciso falar de Deus abertamente, do que é sagrado, da Vida. 
A falta de participação das crianças e dos pais na catequese deve-se ao facto de não haver reflexão entre pais e catequese durante o ano. 

Então deve-se:
  • para as crianças ou jovens que vão frequentar pela primeira vez a catequese, a catequese deve comunicar aqueles que estão interessados a participarem numa reunião geral antes das matrículas das crianças ou jovens para consciencializar os pais para o compromisso da catequese;
  • no início do ano os pais participarem na reunião de apresentação do ano de catequese das suas crianças ou jovens;
  • durante o ano convocar os pais a participarem na reunião de reflexão do ano de catequese das suas crianças ou jovens no fim de cada período: Natal e Páscoa.
  • no fim do ano os pais participarem na reunião de final do ano de catequese das suas crianças ou jovens em que se faz o balanço do ano. 
As reuniões devem ser de formação, com temas de interesse, adequados a cada ano de catequese, ao programa pastoral, diocesano, tempo litúrgico...
A partir do 6º ano (quando é possível) é importante que os jovem participem nestes encontros por ser um ano em que professem a fé.
No 3º terceiro (quando é possível) as crianças devem ter mais sessões de catequese e/ou ter sessões especiais por ser um ano importante e os pais devem ter também formações para preparar a todos para a Festa da Eucaristia (Primeira Comunhão). Infelizmente a catequese é ainda uma questão cultural o que faz com que os sacramentos sejam banalizados, não há um compromisso dos pais e jovens. Quantas crianças desistem da catequese depois da Primeira Comunhão? Algumas só estão para fazer a Primeira Comunhão com uma grande festa e fotógrafos sem estarem comprometidos ao sacramento.    
E as crianças e jovens, devem ou não ser avaliados?
A avaliação na catequese não é para reprovar ou aprovar ninguém mas deve sobretudo para criar responsabilidade ás crianças e jovens. Realizarem fichas de avaliação em que depois o catequista dará uma vista de olhos (que também vai servir para avaliar o catequista e as catequeses) vai fazer com que as crianças e jovens estejam mais atentos e para se falar de compromisso com os pais porque não só os catequistas educam mas ajudam e os pais devem acompanhar os filhos.
Os catequistas devem de vez em quando marcar pequenos trabalhos que envolvam crianças e pais para darem continuidade à catequese fora das salas de catequese e aplica-la. 
Abrir a catequese à comunidade pode ser com várias atividades durante o ano: entre encontros de catequese com crianças ou jovens e pais, caminhadas, momentos de orações, etc. 
Fica aqui a minha opinão e sugestões.

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